Friday, December 29, 2006

Grande Entrevista com Tiago Moreira

Caixeiros Desportivo: O que é que o levou a aceitar o Projecto dos “Caixeiros”, sendo o Tiago um jogador que fazia parte dos quadros de um clube de referência do andebol nacional?
Tiago Moreira - O que me levou a aceitar um projecto como este, depois de estar num clube de referência como o Belenenses, foi o facto da incompatibilidade profissional. Já não havia espaço nem tempo para consolidar com a família, visto eu ser casado e ter um filho. O projecto dos “Caixeiros” pareceu-me bastante ambicioso, e apesar de ter que fazer o percurso Lisboa-Santarém 4 vezes por semana, é possível consolidar o que mais gosto de fazer, jogar andebol e estar com a família.

CD - Quais as expectativas a nível individual e colectivo que têm para a época em curso?
TM - As expectativas individuais que tenho, é com a experiência adquirida no andebol de alta competição, poder partilhá-la com o meu novo grupo de trabalho. É mais importante as expectativas a nível colectivo, porque é isso que somos, um grupo de trabalho que trabalha dia a dia, semana a semana, para atingir os objectivos traçados pelo clube, que é ganhar os jogos e ir o mais longe possível.

CD - Qual o balanço que fazes dos primeiros quatro meses que tens como jogador dos “Caixeiros”?
TM - O balanço que faço nestes quatro meses, é um bocado diferente do que eu estava habituado no Belenenses. Foram quatro meses de trabalho, feitos de maneira diferente, organizada e com muita dedicação. Temos vindo a evoluir, por vezes com resultados menos positivos, apesar de sermos a única equipa do campeonato sem derrotas, sentimos que por vezes poderíamos fazer melhor. A equipa tem muitos jogadores novos, e só com muito trabalho é que este grupo irá alcançar os objectivos.

CD - Apesar de estares num clube de dimensão média, pensas na Selecção Nacional?
TM - Não, de maneira nenhuma. Como já referi, a nível profissional era completamente incompatível frequentar a selecção nacional. Ir à selecção é uma grande responsabilidade e exige muito de nós, quer a nível profissional , como pessoal, e isso neste momento não é prioridade para mim. Jogo com amor à camisola e este projecto é aliciante e a minha aposta foi levá-lo até ao fim.

CD - Com a experiência que tens de andebol ao mais alto nível, onde pensas que os “Caixeiros” poderão chegar?
TM - Nestes quatro meses achei o grupo extraordinário. Somos muito unidos e não deixa-mos nada envolver este ambiente que se gerou neste grupo de trabalho. Estamos no campeonato nacional, estamos a jogar com equipas que já andam nesta competição à muitos anos e por isso temos de dar o máximo. Temos trabalhado muito, e tenho comunicado ao grupo que é necessário trabalhar mais e mais, para podermos alcançar os objectivos traçados no inicio desta época, que é de ficar entre os dois primeiros lugares.

CD - Por último, define em poucas palavras este grupo de trabalho.
TM - Em poucas palavras é difícil descrever o que eu sinto neste momento. Mas o que eu posso dizer, é que encontrei nos “Caixeiros” um grupo muito coeso, unido e sei que vou fazer muitos amigos. E vou mais longe ao dizer que considero este grupo como uma família.


Por: Paulo Pires

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